Diretoria do Sindicato participou da primeira reunião da CEE da UBDS Central

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Entidade reforçou posicionamento contrário ao fechamento da unidade, para instalação de um AME no local

 

Aconteceu na tarde de ontem (4) a primeira reunião da CEE que debate a proposta do governo municipal de instalação de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no local onde hoje funciona a UBDS Central. Representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis estiveram no encontro e fizeram uso da palavra para reforçar o posicionamento da entidade, contrária ao fechamento da unidade.

A Comissão foi instituída e é presidida pelo vereador Jorge Parada, e ainda conta com Adauto Marmita, Alessandro Maraca e Bertinho Scandiuzzi em sua mesa diretiva.

Seguindo os moldes de uma audiência pública, o encontro reuniu representantes da sociedade civil e também de entidades contrárias a proposta do governo, que puderam apresentar aos vereadores justificativas e argumentar sobre o tema.

“Estamos todos apreensivos com essa situação posta pelo governo municipal. Conversamos com médicos, funcionários e frequentadores da UBDS e todos demonstram preocupação em relação a instalação de um AME naquele local”, afirmou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

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Membro do Conselho Municipal de Saúde nas duas últimas gestões administrativas, ele destacou em sua fala os serviços prestados pela unidade ao município nos seus mais de 70 anos de atividade. “A melhoria no atendimento de saúde é um desejo de todos nós, o AME é muito bem vindo, porém não no local do Central. A comissão e o próprio gestor precisam dar ouvidos a população, essa é uma questão bastante séria”, pediu Laerte.

A medida foi anunciada pela administração municipal no início do mês de junho e desde então tem repercutido de forma negativa entre os servidores e sofrido críticas pela população em geral. O Sindicato tem acompanhado as conversas entre administração municipal e Câmara, e se posicionado contra o encerramento das atividades na UBDS.

“A unidade Central é a de maior fluxo no município, atende tanto os pacientes daquela região, quanto moradores de bairros mais distantes. Além do mais, o prédio está localizado numa área verde, tombada pelo patrimônio da cidade. Então não pode ser desmembrado e doado ao estado”, ressaltou Debora Alessandra, coordenadora da Seccional da Saúde do Sindicato.

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Servidora da saúde e conhecedora das particularidades da pasta, ela ainda solicitou aos vereadores que as filas de espera para consultas, usadas como justificativa para a instalação emergencial do AME no município, tenham seus dados analisados. “Por exemplo, no Ambulatório Regional de Especialidades cerca de 40% das consultas agendadas não acontecem por conta de faltas dos próprios pacientes. É preciso averiguar a realidade dessa fila que estão usando como base para defender a necessidade de se usar um prédio pronto e destituir um serviço tão essencial para a população”, salientou Debora.

Além do Sindicato, estiveram na reunião representantes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBS), Conselho Municipal de Saúde, Conselho Local de Saúde do Sumarezinho e também funcionários da UBDS Central.

“Nós, que representamos os servidores da área da saúde, estamos muito antenados aos fatos e engajados nessa luta. Queremos sim o AME, mas que ele seja estabelecido num local adequado e sem prejudicar o atendimento já oferecido à população”, finalizou o presidente.

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O próximo encontro está definido para terça-feira (11) e deve contar com a presença do secretário de saúde do município, Sandro Scarpellini, que fará suas ponderações sobre o tema e ouvirá as considerações dos vereadores.

A reunião de ontem está disponível na íntegra no canal do YouTube da TV Câmara e pode ser assistida neste link.

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